segunda-feira, 24 de março de 2008

Os dias

Denovo aqueles ruídos matutinos,

O carro de propaganda,

O movimento do passeio,

O reggae na casa do vizinho,

Uma briga, um desatino,

Uma conversa na esquina,

O desfilar sublime da menina.

Tudo segue sua linha,

Todo aquele cotidiano,

Sem ambições, sem planos,

Descalços no chão do destino,

Esperando uma surpresa, algum motivo,

Em vão.

E o dia acaba,

Como todos e como tudo.

Vem e vão,

E não sobram histórias,

Nem de vitória, nem de derrota,

Só sobra a esperança,

De ter esperança,

Que um dia isso mude

E que eu volte a olhar a vida

Com olhar de criança.

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